terça-feira, 10 de maio de 2011

Mais tóxico que o crack, o oxi vem aí


Uma droga ainda pior do que o crack começa a lançar sua sombra sobre o Vale do Paraíba. É o oxi,  combinação de pasta base de cocaína e combustível, querosene, cal virgem e até ácido sulfúrico. Na cracolândia, em São Paulo, a pedra de oxi já é vendida por apenas R$ 2.



Se o crack é conhecido pela rapidez com que leva à morte, o oxi já é lembrado nas clínicas como a droga que deve causar um colapso na saúde pública, aumentar o poder de fogo do tráfico e a violência. 



Oxi no valeSegundo autoridades policiais do Vale do Paraíba, a ‘droga do diabo’ já está de malas prontas para o Vale do Paraíba. A primeira apreensão oficial da droga no Estado de São Paulo foi na última quinta - feira, na capital. Um tijolo com m ais de meio quilo da droga, que ainda intriga os policiais. “Eu acho que (o oxi) não deve demorar para chegar em Taubaté”, avaliou Juarez Totti, delegado da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) do município.

ZumbisNa clínica de recuperação Maia Prime, na cidade de Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo, os primeiros dependentes de oxi já chegaram. Para os funcionários da clínica, estes dependentes eram  usuários de crack que usaram a nova droga sem saber. Os sinais no corpo revelam que o estrago foi muito maior do que o crack poderia trazer.  “As pessoas são internadas a força. Chegam muito magras, sem qualquer cuidado com a higiene.

Com lesões profundas no céu da boca e no corpo. O grau de dependência é muito alto. Eles parecem zumbis, não têm mais vida”, disse a psiquiatra Ana Cristina Fulini, coordenadora de saúde mental da unidade e psiquiatra, que trabalha com dependentes há 11 anos.

ColapsoPara Ana, a facilidade acesso à nova droga e o alto índice de dependência devem causar um colapso no atendimento aos dependentes químicos, que hoje já é precário. “No estado mais rico do país temos apenas 120 leitos públicos destinados para desintoxicação. A minha perspectiva com a chegada do oxi é de caos total.  Vamos ter um aumento da criminalidade e da violência, que  está relacionada ao crack.”

SemelhançaEmbora uma apreensão oficial de oxi ainda não tenha ocorrido no Vale, a polícia ainda não tem certeza se, entre as últimas ocorrências de crack está a nova droga. “Nós não temos certeza se o oxi já chegou em São José pela semelhança dela com o crack. Vai caber aos peritos separarem. Vamos descobrir se o crack é oxi somente nas constatações definitivas, que levam 30 dias”, explicou o delegado da Dise em São José, Darci Ribeiro. 

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